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atendimento de jovens e famílias

Música para tocar, para cantar
e para construir

Não é raro quem passa pelo Galpão de Cultura e Cidadania, no Jardim Lapenna, ouvir música. São sons e vozes das atividades do Núcleo de Música e Luteria, do Arteculturação. Percussão, canto e coral, violão, construção de instrumentos são atividades que buscam proporcionar o aprendizado musical, mas também propõem uma reflexão sobre a realidade cultural.

Manifestações populares e estudo de ritmos brasileiros foram linhas do trabalho desenvolvido na oficina de percussão, que tem como educador um ex-aluno do próprio projeto. Coco, maracatu, samba, ciranda chegaram ao repertório dos 15 participantes, que, hoje, conseguem perceber o quanto esses sons estão em sua vida, trazidos também pelas histórias dos pais que vão ao Galpão e reconhecem os ritmos da cidade onde nasceram. O valor desse conteúdo cultural também foi identificado nas andanças do grupo pelos espaços da cidade. Na apresentação da peça Barafonda, espetáculo sobre a história da ocupação de São Paulo, os ritmos estavam lá, acompanhando a apresentação sobre a transformação de São Paulo.

A musicalidade brasileira também acompanhou a formação das 30 crianças do grupo de canto e coral, oficina realizada em parceria com a Universidade Cruzeiro do Sul. Aulas de ritmo, com brincadeiras e jogos, rodas de conversa, audições musicais e técnicas vocais foram temas de formação do grupo. O desenvolvimento do grupo estimulou as apresentações no Senac Itaquera, no Instituto de Arte e Música da Unesp e no Sarau de Encerramento para a comunidade. Em duas delas, apresentaram-se também os 28 alunos das turmas de violão orquestral, que, durante o ano, desenvolveram um repertório com as músicas: Asa Branca, Aquarela, Eu Sei que Vou Te Amar, Luar do Sertão, entre outras.

Além das atividades de canto e coral e das aulas de violão, o Arteculturação oferece módulos de construção de instrumentos. O ateliê tem sido cada vez mais procurado. São interessados de diferentes regiões da cidade que querem desenvolver as técnicas de luteria e trocar experiências sobre essa arte. Em 2012, a seleção foi feita com base em critérios de multiplicação dessa experiência para gerar renda, dar aulas em outros espaços e montar seu próprio ateliê. No total, 34 pessoas participaram das aulas de construção de viola caipira, cajón e guitarra. No final da formação, oito alunos declararam ter montado seu negócio para construir ou consertar instrumentos musicais. Na produção anual da oficina, seis violas caipiras, 12 cajones e quatro guitarras. Somam-se a isso instrumentos como harpas, liras e baixo elétrico, criados a partir do trabalho do grupo, fora do horário dos módulos.

Fotos: Julio Vilela